domingo, 2 de dezembro de 2012

Diogo, Meu Amor...

Há tempo que penso vir um dia a traduzir por palavras todos os sentimentos e todas as emoções que este novo estatuto despertou em mim - o estatuto de avó!
Tarefa bem complicada, até para mim, que tantas vezes me parece que não são os dedos das mãos que clicam nas teclas, que não é o pensamento que me dita as palavras. Muitas vezes sinto que há uma ligação direta do meu interior profundo com os meus dedos. A mente fica calada e as palavras vêm lá do fundo e os dedos apenas as reproduzem.
Mas para vos contar o que representa a presença do Diogo neste mundo, parece que o meu vocabulário não me basta.
Só vos digo que a primeira vez que o vi, tão pequenino, tão frágil, mas tão lindo, o meu coração quase explodiu de tanto amor que dele brotava. Era sem dúvida o verdadeiro amor, aquele em que apenas queremos dar de nós,sem esperar nada em troca. Quando lhe peguei, segurei-o como quem segura um tesouro, o seu bem mais precioso e nesses momentos em que o tive em meus braços, sentindo o seu cheio e o seu corpo quentinho, olhei-o e foi como se o visse por dentro, lá no fundo do seu ser e acreditei que ainda trazia com ele a sabedoria do outro lado, que ele ainda sabia qual a sua missão e que ele era o espelho vivo da alma inocente. Tinha nos meus braços o verdadeiro amor e a emoção falou mais alto e eu não consegui segurar a fonte da felicidade suprema.
Em silêncio, dei graças pela dádiva que me estava a ser concedida e desejei com toda a minha energia que a sua missão fosse leve e que para a cumprir ele pudesse sempre seguir por caminhos pouco acidentados, sob um céu descoberto sempre iluminado pela luz da alegria e da felicidade.
Há poucos dias voltei a estar com ele e a onda de sentimentos que me invade sempre que o olho ou que o pego em meus braços, é sempre avassaladora. Nesses momentos não há passado nem futuro, apenas o Agora. E nesse Agora ele, que de tão pequenino devia ser um príncipe, transforma-se num  Rei que preenche completamente todo o meu mundo, que me abre sorrisos emocionados e me faz deslizar lágrimas suaves. Quando pela primeira vez me abriu um leve sorriso, foi como se a última porta do meu interior profundo, que ainda se mantinha meio fechada, se abrisse de par em par e nesse momento, por alguns segundos deixei entrar o passado e sonhei com outras lágrimas emocionadas que fariam brilhar ainda mais um doce olhar cor de mel.
Sei que vou amá-lo para sempre, mas quero dedicar-lhe um amor sem apego, sem posse. Quero dedicar-lhe o verdadeiro amor, aquele em que basta dar, aquele em que se pode amar de longe com a mesma intensidade com que se o pudesse tocar e mimar.
Por isso sempre que olho a sua imagem ou  sempre que penso nele, as palavras  que se me escapam lábios fora são sempre as mesmas: Diogo, meu amor... :) 


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