quarta-feira, 31 de julho de 2013

Dons da Natureza

Há uns anos atrás decidi mandar ler a palma da mão! 
Deu-me para ali,  naquele dia! 
De tudo aquilo que me foi dito, muitas coisas me surpreenderam. Hoje destaco duas, que não eram previsíveis naquele contexto.
A senhora perguntou-me se gostava de escrever e se já me tinha dado conta da influência benéfica que a Natureza tinha sobre o mim.
Na altura disse-lhe que a escrita era um escape para a minha dor e que mexer na terra ou estar perto do mar me acalmavam. 
Ela disse-me para continuar a escrever e descobrir  a minha relação tão estreita com a Natureza. 
Não dei muita importância! Naquela altura, eu não buscava coisas que me salvassem, buscava antes as outras... 
Mas a vida é mãe e tempos depois escolhi procurar coisas que me restituissem o sabor e o aroma da vida! Lembrei-me daquele episódio e segui aqueles conselhos, principalmente o de me embrenhar pela Natureza, o de aprender não só a olhá-la, mas a vê-la, ou melhor dizendo, a contemplá-la. 
Hoje sei que é verdade! 
A Natureza tem o condão de desacelerar a minha máquina das emoções, que se pudesse ser controlada por radar, andava sempre a ultrapassar os limites de velocidade. 
Depois apazigua-me também o ritmo alucinante dos pensamentos, que deixam de se atropelar uns aos outros e começam a chegar cada vez mais de mansinho, até que quase se aquietam, deixando-me livre para saborear as maravilhas que me cercam.
Hoje a Natureza deslumbra-me mais e mais a cada dia e quando me meto por veredas, entre campos e vales, sinto uma alegria imensa que vem de dentro e sinto brotar de mim tudo o que de bom e puro pode haver dentro de cada um de nós.
De vez em quando páro, fecho os olhos e fico ali, a escutar... a sentir... Por vezes rio de contentamento, tal como uma criança que descobriu um recanto novo para brincar e ser feliz! Também já houve momentos em que chorei, não de tristeza, mas de emoção...
Tal como o campo, o mar envolve-me com o seu poderoso fascínio, exercendo também o seu poder curativo, lavando-me por dentro e purificando-me até à alma.
Vale a pena abrir o coração e ir à descoberta desta nossa Mãe... a Natureza! 






terça-feira, 30 de julho de 2013

Rimas de Colos

Já lá vem o Sol nascendo
que é o rei das alegrias
como é que se há-de fazer velho
se nasce todos os dias?

O Sol-posto à meia noite
ninguém viu, nem há-de ver
as estrelas ao meio-dia
é coisa que pode ser.

O Sol é que alegra o dia
pela manhã quando nasce
o que seria de nós,
se o Sol um dia faltasse.

Lá no meio daqueles mares
tem o meu pai um castanheiro
que dá castanhas em Maio,
cravos roxos em Janeiro.

Ó andar ou desandar
ó retirar do caminho
quem tem seu amor lá longe
não pode ir devagarinho.

Anda lá para diante
que eu atrás de ti não vou
não me pede o coração,
amar a quem me deixou.

Estas rimas eram cantadas antigamente nos bailaricos.

sábado, 27 de julho de 2013

Uma Galinha

Esta história é verdadeira
isto não é coisa minha
pois vou-lhes contar
a idade de uma galinha.
Ela tem quinze anos!
isto é de admirar.
É deitada todos os anos,
os pintos está a criar.
É uma boa poedeira
nada pára a seu lado!
Muitos pintos tem criado,
sempre bem a tenho tratado.
Não sei os anos que vai viver,
quero deixar por escrito,
o dia em que ela morrer.
Os ovos vieram da Fontinha
foi o meu marido comprar
e saiu aquela galinha.
Ela é pequenininha
é assim enfezadinha.
A cor dela é preta,
isso não tem nada a ver.
Pois vai-me ficar para história,
o dia em que ela morrer.
Isto é mesmo verdade,
quero ver quantos anos vai viver.

D. Glória - Aldeia do Cano


A Cigarra e a Formiga (Poesia)

A Cigarra e a Formiga

Tendo a cigarra em cantigas
passado todo o Verão
achou-se na extrema penúria
na tormentosa estação.

Não lhe restando migalha
que trincasse a tagarela,
foi valer-se da formiga
que morava perto dela.

Rogou que lhe emprestasse
pois tinha riqueza e brio,
algum grão com que manter-se
até voltar o seu estio.

Amiga, diz a cigarra,
 prometo à fé do animal
pagar-lhe antes de Agosto
os juros e o principal.

A formiga nunca empresta,
nunca dá, por isso junta
No Verão com que lidavas?
À pedinte ela pergunta.

- Eu cantava noite e dia,
 toda a hora.
- Cantavas?
Pois dança agora!

(D. Engrácia - Lar de Colos)





Poesia

Poesia

Para duas meu coração
partilhas nenhumas tem.
É difícil a decisão,
se às duas quero bem.

Uma é muito lourinha
a outra muito morena.
Qual delas deixo sozinha,
se das duas tenho pena?

A loura tem olhos esverdeados,
os da morena são castanhos.
Todos eles são dotados
de uns encantos tamanhos.

Em muitas coisas são diferentes
e nas carícias iguais
e por isso francamente
não sei de qual gosto mais.

Vivo nesta ansiedade
não sei o que fazer.
pela grande dificuldade
qual delas escolher.

Só uma pode ser minha
pela lei que Deus ordena.
Que me desculpe a lourinha
mas fico com a morena.

Sr. Custódio Ramos

quarta-feira, 24 de julho de 2013

O que Busco?

Tantas vezes faço esta pergunta  a mim mesma - O que busco? Que sonhos alimento? Que desejos queria ver realizados?
Quanto mais o tempo passa, mais dificuldade tenho em responder a estas questões.
Ainda hoje recebi um sms que falava de concretização de sonhos e mais uma vez eu dei comigo a pensar se há algum sonho específico em que eu poderia pensar... Estes sonhos que tenho dificuldade em identificar, são sonhos meus, que me dizem respeito em exclusivo. 
Fora deles ficam aqueles que todos os dias formulo em relação àqueles que vieram de mim e seus pares e ao meu amor pequenino. Para esses teço sonhos de felicidade sem fim!
Mas para mim... fico sempre confusa...
Para mim, tenho cada vez mais dificuldade em formular sonhos e desejos a médio ou longo prazo. Fico-me pelos desejos pequenos, aqueles que apenas dependem de mim. Os outros, prefiro confiar na vida e na sua sabedoria. Temo tecer sonhos cegos, que a realizarem-se não venham a dar os frutos esperados.
Mas depois fica aquela sensação de que quem não tem sonhos não ama viver... 
Mas eu amo a vida! Amo as belezas do campo e do mar, amo o céu, o Sol e a Lua e encanta-me quando antes de me deitar fico uns momentos contemplando as estrelas que enfeitam e iluminam o firmamento. Amo os amigos, em especial os "meus meninos". Amo dar de mim a quem aceitar o tanto que tenho cá dentro.
Amo a vida, mais do que nunca e estou-lhe grata por tudo o que me deu e pelo que me dá a cada momento do dia. 
Dou-lhe graças sempre que sinto o peito inundar-se de alegria, sempre que sinto a energia necessária para fazer todas as minhas tarefas sozinha. 
Orgulho-me das minhas capacidades quando termino uma tarefa menos fácil, sem precisar de ajuda! Nesses momentos sinto que me basto e sinto-me completa!
Agradeço porque tenho até mais do que aquilo que precisava ter.
Agradeço pelas prioridades que, em plena consciência, estabeleço para a minha vida.
Talvez tenha que aceitar que a minha capacidade para sonhar tenha mudado, tal como tuda muda. 
Mais do que sonhos ou desejos, julgo que busco um estado de paz e de alegria interior. Busco um estado de pleno bem-estar que perdure o máximo de tempo possível. E pensando assim, acho que já estou a sonhar bem alto! 



segunda-feira, 22 de julho de 2013

Lembranças da D. Beatriz

 O Monte da Palmeira

Lá no monte da Palmeira
mora uma mulher casada
amiga de repartir
mas a mim não me dá nada.

A mim não me dá nada
e eu ainda não pedi.
Vamos mais para diante,
ou ficamos por aqui.

O Copo

Venha o copo, venha a pinga
venha mais meia canada,
eu sem o copo não bebo,
sem pinga não sou nada.

As Cantigas

Eu canto quatro cantigas
às vezes quando acontece
assim como canto mal,
cantava bem se eu soubesse.



Oração

Com Deus me deito,
com Deus me levanto
na graça de Deus
e do Espírito Santo.
Deus me cubra com seu manto.
Se eu bem coberta for,
se adormecer, acordar.
Se eu morrer, arrepiar,
com as tormentas
da Santíssima Trindade.

D. Beatriz - 98 anos


quarta-feira, 17 de julho de 2013

Água Aromatizada

Deixo-vos aqui uma sugestão, para estes dias quentinhos! 
Todos sabemos como é importante beber beber água todos os dias, em especial em períodos de calor. Muitas pessoas queixam-se que não gostam de água e só conseguem beber quando sentem sede. Isto acontece principalmente com as pessoas idosas.
Claro que a água pode ser substituída por outros líquidos, de preferência não açucarados.
Deixo-vos então aqui uma agradável forma de beber água.
Esta que fiz hoje consiste em deitar num jarro, uma rodela bem fina de pepino, um bocadinho de hortelã e um bocadinho de erva cidreira. Encher de água e colocar no frigorífico!
Fresquinha, é deliciosa! 
Podem fazer várias combinações: rodela de limão bem fina, ou gengibre, pau de canela e outras que forem experimentando e vos agradem.


sexta-feira, 12 de julho de 2013

"Partilha de Saberes"

Ontem teve lugar no Salão de Convívio da Associação de Moradores de Aldeia do Cano, o Encontro "Partilha de Saberes".
Este evento só foi possível com a colaboração das várias instituições: Casa do Povo de Cercal do Alentejo, Santa Casa da Misericórdia de Odemira e Lar de Colos, Associação de Moradores de Aldeia do Cano e Juntas de Freguesia de Colos e Cercal do Alentejo.
As actividades contaram com 45 participantes. 
Depois das apresentações que foram feitas num ambiente de boa disposição, seguimos o guião elaborado. 
Começámos pelas cantigas de roda e foi emocionante, porque quando alguém tinha coragem para iniciar, toda a gente participava com alegria, pois eram cantigas que todos conheciam. 
De seguida passámos às lengalengas e poesias memorizadas e uns adiante, outros atrás e com alguma ajudinha, lá fomos reconstruindo, uma a uma: "O Ratinho";  "As galinhas"; "Copo, Copo"; "Deitei-me  a Dormir"; "A Velha e o Gato"; "O Macaco"; " O Ti Zé Godinho" e "O Gato Maltês".
Grande foi a risada com as trocas que volta e meia aconteciam! 
Veio então o Momento da Poesia Individual, com várias intervenções dos nossos poetas e poetisas. Houve quem declamasse poesias originais e que declamasse outras suas conhecidas desde  a infância. Até eu me estreei com umas quadras sobre este meu "trabalho" e sua evolução ao longo do tempo, desde o primeiro ao último dos grupos. Eles foram generosos e aplaudiram-me! São uns amores! 
Vieram de novo as cantigas, para animar aquela gente. Primeiro seleccionei uma rapsódia com canções conhecidas e depois cantámos "A Mulher" , a tal que não queria que o marido lhe comprasse nem blusa, nem meias, nem chancas... ela só que queria mesmo era um litro de vinho... e "O Zé aperta o laço", o tal laço que fez mudar a vida daquele Zé! 
São duas canções de que todos gostam muito e cantam com muita alegria.
Ainda houve tempo para o conto "Os dez anõezinhos da tia Verde Água". 
Voltámos às cantorias, desta vez com cantares Alentejanos: "Dá-me uma Gotinha d´Água" e "Ao passar a Ribeirinha". Não completámos o repertório, porque o tempo estava a esgotar-se.
Passámos então às danças, em que quase toda a gente participou, a maioria de pé e quem não podia participou sentado, já que  os movimentos que escolhi, foram  com a intenção de que ninguém fosse excluído. 
Escolhi 2 temas dos "Deolinda" e o resultado foi emocionante, lindo! 
Para alguns foi  a primeira vez que realizaram esta actividade e um dos temas foi mesmo uma estreia, de modo que ali estavam todos ao mesmo nível. 
Para finalizar, um alegre e farto lanche, para o qual contribuiram todas as instituições envolvidas. No final cada participante recebeu um miminho de oferta da Junta de Freguesia do Cercal.
Adorei todos aqueles momentos e pelo que sondei, os meus meninos também!
 Houve logo quem sugerisse que tínhamos que repetir!



 

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Lembranças do Lar de Colos (poesias)

Eu não sei que ofensa fiz
ao maroto do meu amor
passa de roda não fala
e é de má raça o traidor.

Levanta os olhos do chão
olha para mim com jeito
que eu quero-te procurar
o mal que te tenho feito.                   (D. Maria Inácia)



Minha tigela é o corcho (cocharro)
e o meu garfo é um tanganho
e a minha vida é sempre assim
não sei lá como eu me amanho.             (D. Idália)


Se tu visses o que eu vi
havias de te admirar
uma cadela com pintos
e uma galinha a ladrar.                     (D. Engrácia)


Se tu visses o que eu vi
na serra da Carapinha
os dentes da tua avó
metidos no cu da minha.                 (D. Maria Guerreira)

(As minhas desculpas, mas com a risota que isto deu, não podia deixar de partilhar. Não sei lá por que razão as avós andariam à dentada... )

Partilha de Saberes

É já no próximo dia 11 de Julho que vou juntar meninos dos meus três grupos, para o Encontro "Partilha de Saberes"!
Ultimam-se os preparativos!
O Programa Geral está pronto há algum tempo e o específico também já está certinho, mais para minha orientação.
Hoje comecei a relembrar algumas coisas, mas nada que me cause preocupação, pois lá estarei para ajudar e também sei que é nos enganos que está o maior divertimento.




Vai ser uma tarde muito agradável, cheia de alegria e bem-estar geral e espero que nessa noite, todos eles adormeçam com um sorriso nos lábios!
Eu sei que nessa noite o meu sorriso será enorme, porque o que de lá trouxer vai inundar-me a alma e deixar o coração a transbordar...

sábado, 6 de julho de 2013

Orgulho-me

Hoje orgulho-me de mim! 
Já bem longe vai o tempo que me sentia tão pequena, que nem ousava ver-me ao espelho. E quando ganhava essa coragem, logo me sentia ainda mais diminuída. Digo olhar ao espelho, porque nesse tempo não tinha a capacidade que tenho hoje de me ver por dentro. Nesse tempo acreditava nos comentários de outros que me faziam sentir pouco mais que lixo. 
Porém hoje orgulho-me de mim! 
Orgulho-me do que fui e das lutas que tive que travar para alcançar o meu primeiro sonho. 
Depois o meu orgulho duplica quando penso no tempo em que vivi um amor sem limites que não deixei esfriar pela rotina e dos lindos frutos que dele nasceram.  
Orgulho-me também daquilo que hoje tenho e daquilo em que me transformei. 
Hoje embora partilhe da imperfeição inerente a qualquer ser humano, procuro evoluir e corrigir os erros que porventura possa cometer, as fraquezas de que me dou conta e as limitações que vou descobrindo em mim. O compromisso que tenho comigo própria é fazer sempre melhor a cada dia. 
Orgulho-me de não guardar mágoas nem ódios de ninguém e de conseguir ter compaixão por aqueles que fora de si, dizem e fazem coisas que beliscam a minha paz e o meu bem-estar. 
Orgulho-me de, apesar da dor pela qual passei, não ter deixado que a amargura tivesse criado morada cativa no meu coração. E quando falo nessa dor profunda, orgulho-me especialmente por ter resistido à vontade de desistir e ter mantido a capacidade de dar carinho e amor àqueles que estavam à minha volta. 
Orgulho-me de ter descoberto a magia do céu, do mar, dos campos e de todas as maravilhas que a Natureza tem ao nosso dispôr para nos adoçar a existência. 
Hoje amo-me da forma que sou, aceitando-me por fora e por dentro e sei que dentro de mim tenho uma força gigantesca que me irá sempre amparar em todas as lutas e me ajudará a sair vitoriosa de todas as batalhas, que me levem ao encontro de uma vida tranquila e feliz. 
Jamais me envergonharei de mim, nem das decisões que ousar tomar, independentemente daquilo que outros pensarem, pois serão sempre decisões tomadas de acordo com a minha consciência, ditadas pela essência da minha alma.

Poema - Criança

 Soneto

Criança, és a esperança do futuro
Tens sido por tantos esquecida.
Tudo em ti é tão belo e tão puro
vieste para seguimento à vida.

Mais tarde serás um fruto maduro
e eu, uma árvore ressequida,
já tão trémulo transpondo o muro
para uma ultima descida.

Tu que ficas não queiras não,
recusa sempre a servidão
aquele que quer ter mais

Não há os ricos, mas sim há riqueza.
Para que nunca tenhas pobreza,
ao nascer somos iguais.


Sr. Augusto Dias

Poema "Parabéns Mulher"

Parabéns Mulher

 Parabéns Mulher!
Tu és luz, tu és vida,
tu és a mãe de todos nós,
tu és prazer, és apetecida,
és de todas a mais querida,
contigo nunca estamos sós.
 És da casa  a melhor candeia,
és do jardim  a mais linda flor,
tu és o laço que nos enleia,
tu és sempre linda, mesmo sendo feia,
Tu és o mais puro amor.
Por ser mulher, tu és mais,
mesmo sendo descriminada.
 Nós somos diferentes,
mas somos todos iguais.
Tu és quem trabalha demais,
sem ti o homem nunca é nada.

Sr. Augusto Dias

(Peço desculpa ao Sr. Augusto, mas como o poema foi gravado, não fiquei a saber a composição de cada verso  e decidi publicar assim esta poesia, por tê-la achado tão linda. Segundo o Sr Augusto me disse trata-se de um soneto)

terça-feira, 2 de julho de 2013

Lembranças de Colos (poemas soltos divertidos)

Agora estou constipada
não é catarro nem tosse
é o ladrão do meu amor
que de mim quer tomar posse.      (D. Celísia)


Eu tenho catarro nas unhas
dor de cabeça num braço
uma espinha no joelho
que me atravessa o cachaço            (D. Maria Guerreiro)


Eu tenho tosse no cabelo
não é catarro nem tosse
é o ladrão do meu amor
que de mim quer tomar posse.         (D. Rosa)


Eu tenho catarro nas unhas
Dor de roscas nas orelhas
já me doem os calcanhares
de coçar nas sobrancelhas.             (D Idália)


Eu tenho tosse no cabelo,
dor de dentes no cachaço
amargam-me as sobrancelhas
não vejo nada de um braço.          (D. Rosa)