segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Recolhas no Centro de Dia

Os olhos do meu amor
são dois cartuxos de amêndoas
pelo jeitos que eu vou vendo
já não dão p´ras encomendas.


A minha sogra diz que tem
uma prenda para me dar.
Se ele não me der o filho,
pode a prenda, arrecadar.              D. Emília



O nome do meu amor
com quatro letras se escreve,
a primeira é um J
e as outras ficam em breve.


Uma noite, toda a noite
sou eu capaz de cantar,
cantigas a teu respeito
sem no meu nome falar .               D. Angelina



Fui ao jardim às flores,
com o cestinho no braço,
encontrei o meu amor
e eu daqui não passo.                  D. Custódia


Abelhas, gatos, mosquitos,
patos, perus e galinhas
fantoxas, bichos leões
palhas, palhetas, palhinhas.          


Dentro do meu coração,
tenho uma carta fechada,
dentro dela está escrita
a minha vida privada.              D. Vitalina

sábado, 28 de setembro de 2013

Poesia - O Capote de Meu Pai

A capa que meu pai comprou
toda a sua vida a usou.
Feita com tecido forte,
vestida, quase aos pés chegava,
por isso o povo lhe chamava,
em vez de capa, capote.

Para mim também serviu
agazalhando-me do frio.
Na minha cama deitado,
servindo de cobertor,
era tão bom o calor,
desse capote sagrado.

Com os anos ficou desbotado,
algumas partes rasgado,
acabou sem duração,
mas esquecê-lo não consigo,
ficando sempre comigo,
a doce recordação.

Uma noite comovido acordei,
porque com ele sonhei,
um sonho de grande afecto.
Sonhei que o estava a pôr,
com muito carinho e amor,
na cama do meu querido neto.

Sr Custódio Ramos - Aldeia do Cano

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Poesia - A Nossa Palmeira

Nossa palmeira tão bela
pouco a pouco a vimos crescer,
entraram escaravelhos nela
pouco a pouco a vemos morrer.

De Elvas veio com a gente
à minha mulher foi oferecida,
ficando muito contente,
da oferta recebida.

Quando chegámos com ela
para  a ir plantar,
foi em frente da janela
escolhido o seu lugar.

Era bonita sua folhagem
a enfeitar o horizonte,
formando a boa paisagem
que rodeia o nosso monte.

Quando ela secar
a paisagem fica mais nua,
vamos outra procurar
porque a vida continua. 

Sr. Custódio Ramos - Aldeia do Cano


sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Poema - O Ambiente

Mote
Tem a atmosfera poluída
em nome da civilização,
a Natureza está perdida,
não sei se tem salvação.

I
O homem só pensa em estragar
tudo o que lhe aparece à frente
e vai inventando indiferente
engenhos que o vão matar.
Vai estragando sem pensar
a Terra que lhe dá guarida.
Uliliza tanto pesticida
que já não pode respirar
e atirando gases para o ar
tem a atmosfera poluída

II
Vai estragando o Ambiente
com todas as porcarias
e vai fazendo todos os dias
uma bomba mais potente
que possa matar mais gente
e lhe dê mais posição.
Vai contaminando o chão
que lhe deveria ser sagrado
tem o Planeta estragado
em nome da civilização.

III
Vai derrubando a floresta
para fazer móveis caros.
Vai matando animais raros,
já muito pouco lhe resta.
Os seus rios empesta
acabando-lhe com a vida
e a agricultura mal gerida
vai devastando os solos.
Por os homens serem tolos,
a Natureza está perdida. 

IV
O clima está mudado,
o Mundo parece um inferno,
fazendo calor no Inverno,
o Verão por vezes é gelado.
Anda tudo baralhado,
por causa da poluição.
Onde o homem mete a mão,
deixa tudo revirado,
tem o Mundo em tal estado,
não sei se tem salvação.

Arminda Maria Raposo - Aldeia do Cano


quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Tarde na Aldeia do Cano

Mais uma tarde a orientar o grupo da Aldeia do Cano!
Como habitualmente foi uma tarde em cheio, onde a alegria e a boa disposição nunca falta.
Demos início com o jogo de passe de bolas. Repetimos diversas vezes, para aperfeiçoar  a destreza na passagem rápida das bolas. Registaram-se progressos, mas ainda não estamos satisfeitos, pois todos querem chegar à perfeição. Resta-nos continuar a trabalhar este jogo. 
De seguida realizámos o jogo da Expressão Dramática que cada vez é levado mais a sério e é desempenhado com maior expressividade. Este jogo diverte-nos a todos, pela prestação de cada elemento. Para finalizar a parte dos jogos, trabalhámos o jogo de memorização de várias palavras. Escolhemos como 1º tema o nome de plantas e o 2º, nomes de pessoas. Cada qual inventa um nome, mas terá que repetir todos os que foram ditos anteriormente pelos outros elementos. Salvo alguns casos, larga maioria consegue atingir os objectivos propostos. Quando alguém mostra alguma dificuldade, nunca falta  ajuda por parte dos restantes elementos. 
Seguiu-se o momento em que se dá oportunidade para partilhar as suas escritas, quer sejam em poesia ou em prosa. Como sempre surgiram coisas lindas!
Antes da ginástica ainda reservámos um espaço para umas cantiguinhas alentejanas, para melhorar  ainda mais a nossa já tão boa disposição.
Finalizámos como sempre com a ginástica e a dança, que nunca pode faltar. 
Este grupo, como aqui já tenho referido, embora tenha sido pensado essencialmente para pessoas a partir dos 65 anos de idade, está sempre aberto a quem se mostre interessado em integrá-lo. Acima de tudo é um grupo inclusivo e por isso acolheu há poucas semanas uma rapariga com Trissomia 21, também conhecida por Síndrome de Down - a Noémia!
Foi com grande alegria que a recebemos e é com grande satisfação que acompanhamos os seus ainda lentos progressos. A Noémia apresenta uma notória atrofia ao nível dos movimentos mais básicos dos braços e revela muita dificuldade na coordenação de movimentos. 
Hoje pela primeira vez conseguiu realizar um exercício movimentando em simultâneo, algumas vezes os braços e as pernas. Todos aplaudiram e o sorriso alegre e doce da Noémia, abriu-me uma emoção imensa e uma estranha forma de felicidade. 
Não sei se foi por isso, mas hoje vim da Aldeia do Cano mais feliz que o habitual, como se trouxesse comigo um grande troféu ganho numa batalha de uma luta que está para continuar, assim o continue a desejar, a nossa querida Noémia! 


quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Tarde em Colos

Ontem, a tarde foi passada no Lar de Colos.
Comecei por lhes propôr uns jogos de criatividade com algum material que eu própria elaborei. O jogo teve boa receptividade e surgiram uns trabalhos muito engraçados. 

Depois realizámos um jogo que implicava a destreza manual e também a exercitação do cérebro com a passagem de bolas mediante sinal, ou orientação. Este foi repetido várias várias a fim de aperfeiçoar as capacidades exigidas. 

Ainda houve tempo para a leitura de algumas poesias e após o lanche veio o momento da ginástica.
Desta vez foram usadas as bolas como material de apoio.
Ultimamente temos tido falta de alguns elementos, por estarem mais debilitados. Mas quem estava portou-se muito bem, como sempre. 
No tempo restante foram realizados também alguns exercícios muito simples no 1ºandar: exercícios com bolas com orientações diferentes, a bater, a tocar em várias partes do corpo, a levantar braço, ou pé... atirar a bola, retirar bolas com  a cor indicada... Realizámos também exercícios de ordenação com figuras.
Como já aqui tenho referido diversas vezes, cada uma destas simples actividades, só é conseguida a poder de estímulos constantes. 
Só o facto de conseguir pô-los a mexer ou de os ver sorrir, me é gratificante e considero muito positivo para eles.


Actividades no Centro de Dia

Esta semana começou o novo calendário de actividades.
Na Segunda-Feira de tarde decorreram os trabalhos no Centro de Dia. O grupo estava reduzido, porque coincidiu com uma saída. 
Todas as actividades se desenrolaram no salão, que é o espaço ideal para aquilo que se pretende fazer.
Realizámos pela primeira vez jogos de Expressão Dramática, jogos de memorização e repetição de palavras em grande grupo, jogos de destreza manual, com o passe de bolas, leitura de contos, repetição de poesias, lengalengas e trava-línguas, umas cantiguinhas  e por fim a hora da Ginástica em que foram usadas as garrafas de água, como material de apoio.
O tempo acabou por ser pouco, tendo ficado alguns exercícios para o próximo dia.
Como era o primeiro dia com as actividades conjuntas, perdi-me um pouco , pelo que há que limar algumas arestas, para conseguir conciliar todos os exercícios, uma vez que cada um tem o seu propósito, por isso é fundamental que todos tenham um espaço próprio de forma a cumprir todos os objectivos. 

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Encantos da Noite

Cada vez estou mais consciente que cada dia que vivemos representa um mar de oportunidades para novas descobertas, para novas conquistas, para estabelecer novos propósitos, para aprender a apreciar aquilo que até então nos parecia enfadonho e até assustador.
Há pouco tempo dei comigo a apreciar algo que desde há muito me assustava, me tirava a tranquilidade e na qual em hipótese alguma considerava que houvesse alguma beleza.
Refiro-me à noite! 
Recordo-me que em criança, de coração e olhar inocentes, a noite encantava-me. Quando saía, os meus olhitos curiosos mal se desviavam do céu e ficava a imaginar como seria visto de perto tudo aquilo que brilhava lá no alto. 
A Lua então, fazia-me galgar as fronteiras da imaginação de tal forma, que até conseguia ver gente que se deslocava nela.
E as nuvens? Com essas deliciava-me a  inventar-lhes formas.  Em meu redor, divertia-me com as sombras e ficava a fantasiar mil e uma aventuras que por trás delas se escondiam. Nada me assustava, tudo era mágico e encantador, tal como as histórias de arrepiar que costumava ouvir.
Não sei a partir de quando a noite me começou  a assustar. Sei que a partir de certa altura, ela passou a trazer o cheiro de perda, de horror e de morte. 
Também não sei porque razão, deixei de ver a noite dessa forma tão sinistra como a vi durante tantos anos. Não sei em que data foi, mas uma noite senti vontade de sair à rua e olhar para ela. Voltei a contemplá-la com os mesmos olhos de criança, de olhar inocente e da minha boca saiu um AH! 
Respirei bem fundo várias vezes e fui apreciando cada um dos seus cantos, de alto a baixo! A mente foi ficando silenciosa, porque Eu queria ouvir tudo, no meio do silêncio. 
Devagarinho foram-me chegando os sons, desde os mais próximos aos mais longínquos. Para não perder nada, porque eu não me queria ficar pelo que os sentidos me traziam, fechei os olhos e fiquei a sentir a noite, deixando-me inundar pelo seu poder mágico.
Desde então, reservo sempre uns minutos para saborear a sua beleza e descobrir novos encantos que ela esconde. 
Ainda há pouco me senti grata pelas dádivas com que me agraciou. De olhos emocionados agradeci-lhe e disse-lhe que estava perfeita, encantadora!
 Até o fresquinho que me picava os braços nús, me convidava a um abraço, que dei a mim mesma, repetindo que amo esta Luísa que hoje sou, porque esta será a companhia que jamais me abandonará. 
Olhando para  dentro senti um coração a pulsar de alegria e felicidade, por ter  a capacidade de amar e senti também uma paz sem limites. 

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Actividades do dia 10 de Setembro

Na passada Terça-Feira orientei da parte da manhã a Actividade Física no Centro de Dia. As actividades decorreram de forma normal, sempre num ambiente de grande descontracção e brincadeira. As pausas servem sempre para fazer abrir alguns sorrisos, porque estes meninos não brincam em serviço. Enquanto realizam os exercícios estão super concentrados. Por vezes até lhes pergunto se estão mais cansados ou zangados comigo. Nada disso, estão atentos e querem fazer tudo na perfeição. E tão empenhados se mostram que até eu me deixei embalar, não me dando conta de que já passava da hora...


De tarde segui até Colos, onde me esperava mais uma avalanche de carinhos! Tão bom... Se soubessem o que se traz, haveria fila a querer fazer aquilo que faço... 
Depois de conversarmos um pouco, em que lhes contei coisas minhas e elas coisas suas,  li-lhes um conto um pouco extenso e fui fazendo perguntas, deixando lacunas para que descobrissem as palavras que faltavam, de modo a que exercitassem  a memória e fossem acompanhando o enredo do conto. 
De seguida trabalhámos com os blocos lógicos, realizando os exercícios convencionais e depois alguns exercícios criativos, em que individualmente ou a pares iam criando figuras, umas por mim sugeridas, outras por iniciativa própria, para os outros descobrirem. Surgiram figuras interessantes e o mais importante, estavam divertidas e estavam a ser cumpridas as metas traçadas. 
De seguida teve lugar a aula de Actividade Física, que decorreu normalmente, embora com menos participantes, por motivo de doença.
Como me sentia com as baterias carregadas fui ao 1ºandar ver os meus amigos mais debilitados. Havia tempo que não realizava actividades com eles, porque não se pode dar o que não se tem... Há que haver energia e ânimo para os estimular constantemente.
A maior parte deles são doentes de Alzheimer, pelo que os exercícios  a realizar têm que ser muito simples. Conversei com eles e usei bolas coloridas, pedindo para tirarem 1 ou 2, pedindo a cor. Repetimos vezes sem conta batimentos diferentes com as bolas, mas também cada um em número reduzido, porque embora quase todos comecem, ao fim do 3º batimento, metade já está parado. Também lhes contei uma pequena história e estimulei a memória através de perguntas simples.
Tenho andado também a pesquisar sugestões de exercícios. Julgo que o resultado foi positivo, pelos momentos em que os conseguia agarrar e os via sorrir. Alguns são espaços tão curtos, mas que me deixam com um sentimento de orgulho saudável. Para mim são autenticas vitórias! :) 


E chegou a hora de regresso, já os ponteiros do relógio tinham avançado para além do ponto previsto. Cá em baixo já estavam preocupadas, porque já se fazia tarde...
Ai estas meninas... tantas mães que eu arranjei... :)


segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Recordações de um Dia Feliz

Se há dia em que eu não posso esquecer que a Felicidade existe, é este!
Sempre que me peçam para mencionar os dias mais felizes da minha vida, este será sempre um deles, um dos maiores...
Não foi feliz por ter sido perfeito, porque se olhar bem para ele, não foi sequer da forma como o idealizei.
Por mim teria sido diferente!  Nele teria reinado acima de tudo a simplicidade.
Foi feliz pelo que representou, por ter tido o condão de me libertar de condicionamentos, por me ter trazido a liberdade para ser eu, de verdade. Para cortar as amarras com convenções e tabús que nada tinham a ver com o verdadeiro e puro amor que quase me não cabia no peito.
Foi dia em que venci a batalha que tive que travar em nome do sentimento mais nobre que pude descobrir dentro de mim.
Nesse dia inesquecível, que há trinta e cinco anos vivi, nunca imaginei ser forçada tão cedo a comemorá-lo sozinha, longe daquele que nunca poderia ficar fora de tal celebração...
Mas a Vida assim o decidiu e hoje aceito os seus desígnios, em Paz.
Embora só, impossível não dar asas à imaginação, não olhar para cima, para além do azul que me é possível vislumbrar e não sorrir a esse obreiro de tantos anos de felicidade, a esse que começou por ser o meu melhor amigo e depois despertou em mim um amor tão intenso, cuja chama se manteve acesa pela vida fora. Embora em dimensões diferentes, mesmo após tantos anos da sua partida, este não deixou de ser ainda o Nosso Dia!
Hoje voltou a ser o meu amigo a que eu chamo com uma ternura desmedida, o meu Amigo do Céu, o meu Anjo Protector, aquele que tal como quando estava aqui, deste lado da vida, sempre me quererá ver feliz e nunca condenará as minhas decisões, se estas forem tomadas em plena consciência e me levarem rumo à felicidade.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Poesia

Dá-me beijos, meu amor
também muitos te quero dar.
Eles nos transmitem calor
e nosso amor vão reforçar.

Todos os beijos que te dou
eu os tenho registado
mas confesso que não sou
capaz da conta dar somado.

Os beijos que te posso dar
todos os dias te vou dando
para que vão aumentar
a conta que estou somando.

A beijar esse teu rosto
sinto grande felicidade
e só fico bem disposto
dando beijos em quantidade.

Por mim tão desejados
e deixam-me a cabeça louca
na minha ficam guardados
os beijos da tua boca.

Quando te estou a beijar
muitas vezes digo para mim
não me posso mentalizar
que nossos beijos tenham fim.

Sr. Custódio Ramos - Aldeia do Cano


Poesia

Acho que bom pai sou
e fui um bom filho também.
Hoje espero ser bom avô
do filho que minha filha tem.

Guilherme, meu querido neto
filho da minha filha querida,
terás todo o meu afecto
enquanto Deus me der vida.

Junto ao peito, nos meus braços,
ao receber o teu calor,
vai aumentando aos pedaços,
os nossos laços de amor.

És o cravo do meu canteiro
fazes parte do meu jardim.
Vou ser teu jardineiro,
rego-te de beijos sem fim.

Peço a todo o momento,
que Deus faça feliz,
esse sagrado rebento,
rebento da minha raíz.

Sr. Custódio Ramos - Aldeia do Cano


Bombeiros Portugueses

Pelos Bombeiros Portugueses
eu sinto um amor profundo
Dentro do meu coração,
eles são os melhores do mundo.

Às vezes não dão valor
ao bem que o bombeiro faz.
Não esqueçam por favor,
são os Soldados da Paz.

Refrão
Bombeiro vive a sua sorte
sempre com grande emoção,
onde é que chegue a morte,
são os bombeiros que lá vão.
Por isso eu te agradeço,
por isso eu te respeito
e olho sempre com carinho
o emblema a teu peito.

Quando nasce uma criança
a caminho do hospital,
salvas a mãe e o filho,
sem nunca teres feito tal.

Quando arde a floresta,
és tu quem vai pagar
e quando caem as casas
és tu que vais ajudar.

Bombeiro vive a sua sorte
sempre com grande emoção,
onde é que chegue a morte,
são os bombeiros que lá vão.
Por isso eu te agradeço,
por isso eu te respeito
e olho sempre com carinho
o emblema a teu peito.

D. Maria Alice - Aldeia do Cano