terça-feira, 6 de novembro de 2012

Reflexão

Hoje enquanto o meu filho me ajudava na tarefa de carregar a lenha para o quintal, dei comigo a refletir, como em tantas outras vezes em que ele me ajuda. 
Realmente, pela minha experiência de vida, cada vez estou mais certa de que Deus ou o Universo, estão sempre a cuidar de nós. Dão-nos ou  emprestam-nos coisas e pessoas e mais tarde levam-nas, mas quando isso acontece, já nos deram ou emprestaram outras coisas ou outras pessoas, que nos possam reconfortar das perdas que tivemos.
Vejo isso em tantas situações da minha vida! Posso estar a divagar, mas quanto mais revejo certas situações pelas quais passei, mas convencida fico de que é assim. 
Os problemas que passei com as doenças dos meus pais que só me ficaram mais leves porque tinha ao meu lado quem me ajudava de todas as formas possíveis. Pouco tempo depois de tudo ter terminado, também ele acabou por partir. Foi como se a sua missão fosse a de me acompanhar e apoiar durante aquele período tão difícil! 
Um dia o meu companheiro teve um acidente de trabalho, que muito nos preocupou e que podia ter tido graves consequências. Mas com a graça dos céus, ele recuperou. Pelo acontecido e por alguma incapacidade com que ficou, recebeu uma indemnização. Foi esse dinheiro que nos veio ajudar a fazer face aos nossos compromissos, quando ele adoeceu e deixou de poder trabalhar. 
Mas hoje, como em todos os momentos em que posso contar com a ajuda do meu filhote, a ideia que me aflorou o pensamento, foi a de que ele foi sem qualquer dúvida uma dádiva de Deus ou do Universo! Foi ele que acabou por ficar aqui por perto, dando-me companhia enquanto eu estava de rastos.  Foi pensando em poupá-lo a uma imagem que jamais o abandonaria, que eu ganhei forças para resistir à tentação em alguns momentos, em que a vontade de antecipar a partida me fustigou com mais força.
Não foi planeado! O meu filho foi gerado no período em que passávamos por grandes dificuldades financeiras. Nessa altura, não sabia o que sei hoje, mas tanto eu como o pai, nem por um segundo considerámos a hipótese de impedirmos que a natureza seguisse o seu curso, sabendo que tudo lhe poderia faltar, menos amor.
Só pode ter sido Deus ou o Universo a enviar-mo!
Porque estou a partilhar tudo isto? Não é para causar emoções ou tristezas. É apenas para que, quando acontecer algo que à primeira vista possa parecer menos bom, quem sabe um dia não se tornará maravilhoso!
O importante é acreditar que estamos protegidos e deixar a vida correr o seu rumo, em paz.
Há muito tempo que deixei de fazer pedidos! Aprendi a aceitar o que já perdi, a dar graças pelo que vem até mim e tentar viver com serenidade de espírito! 

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