segunda-feira, 17 de março de 2014

Ser como um rio que flui

Talvez o facto de estar a ler o livro de Paulo Coelho com este título, levou-me a reflectir sobre esta situação. 
Nesta fase da minha vida, dou-me conta de que já não preciso de fazer nada em esforço, de lutar até à exaustão por nada, de me arreliar porque uma situação ou outra não tomam o rumo que eu esperava, de ficar triste porque alguém disse alguma coisa que não gostei...
Claro que não vou ficar muda, de braços cruzados, de pernas amarradas, surda ou cega.
Pelo contrário, tento ficar com os sentidos o mais alerta possível e com o radar da intuição sempre ligado.
Vou caminhar até onde achar que devo, dizer aquilo que penso ou julgo desejar e deixar que as coisas aconteçam como tiverem que acontecer.
Vou seguir de acordo com o que sou verdadeiramente e não de acordo com o que outras pessoas podem eventualmente esperar que eu seja.
Vou respeitar as decisões que outros tomem e que podem contrariar o que eu tinha previsto, aceitando que a situação de vida em causa, não estava no meu caminho.
Vou ouvir aquilo que me disserem, mas vou tentar não reagir, porque as pessoas só nos magoam, se  dermos importância ao que nos dizem ou fazem. 
Com todos estes pensamentos em mente, senti que quero ser como um rio que flui, deixando-se acompanhar apenas com o que me fizer bem.
No resto, quero ser como uma rede que deixa atravessar através dela as coisas pequenas, como pequenas e insignificantes são todas as coisas que nos podem tirar a paz e a alegria interior.
Quero ser como um rio que flui, saltitante, alegre e cristalino, que leva alegria e frescura a quem o acompanha e que encanta e enche de amor quem o contempla.
Quero ser como um rio que flui e não se detém perante os obstáculos que tem para ultrapassar e que embora sem saber ao certo o seu verdadeiro caminho, vai seguindo impulsionado pela sua força e pela sabedoria da Vida.
Quero ser como um rio que flui, estando certa que desta forma alcançarei a foz no lugar e no tempo previstos.

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