segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Recordações de um Dia Feliz

Se há dia em que eu não posso esquecer que a Felicidade existe, é este!
Sempre que me peçam para mencionar os dias mais felizes da minha vida, este será sempre um deles, um dos maiores...
Não foi feliz por ter sido perfeito, porque se olhar bem para ele, não foi sequer da forma como o idealizei.
Por mim teria sido diferente!  Nele teria reinado acima de tudo a simplicidade.
Foi feliz pelo que representou, por ter tido o condão de me libertar de condicionamentos, por me ter trazido a liberdade para ser eu, de verdade. Para cortar as amarras com convenções e tabús que nada tinham a ver com o verdadeiro e puro amor que quase me não cabia no peito.
Foi dia em que venci a batalha que tive que travar em nome do sentimento mais nobre que pude descobrir dentro de mim.
Nesse dia inesquecível, que há trinta e cinco anos vivi, nunca imaginei ser forçada tão cedo a comemorá-lo sozinha, longe daquele que nunca poderia ficar fora de tal celebração...
Mas a Vida assim o decidiu e hoje aceito os seus desígnios, em Paz.
Embora só, impossível não dar asas à imaginação, não olhar para cima, para além do azul que me é possível vislumbrar e não sorrir a esse obreiro de tantos anos de felicidade, a esse que começou por ser o meu melhor amigo e depois despertou em mim um amor tão intenso, cuja chama se manteve acesa pela vida fora. Embora em dimensões diferentes, mesmo após tantos anos da sua partida, este não deixou de ser ainda o Nosso Dia!
Hoje voltou a ser o meu amigo a que eu chamo com uma ternura desmedida, o meu Amigo do Céu, o meu Anjo Protector, aquele que tal como quando estava aqui, deste lado da vida, sempre me quererá ver feliz e nunca condenará as minhas decisões, se estas forem tomadas em plena consciência e me levarem rumo à felicidade.

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