domingo, 31 de março de 2013

Paz

Quanto a mim, o estado de espírito que anda de mãos dadas com a verdadeira felicidade, é o estado de Paz! 
Só em Paz poderemos saborear tudo aquilo que a vida tem e está disposta a oferecer-nos.
Se o nosso espírito não se aquietar, tudo nos passa ao lado.
Perdemos de vista as belezas que nos poderiam encantar.
Aos nossos tímpanos não chegam as melodias mágicas que percorrem os céus e os mares.
As nossas mãos não partilham o toque perfumado dos aromas da terra.
Os nossos lábios perdem milhentas oportunidades de sorrir e o nosso coração decresce-nos dentro do peito. 
Mas se formos bafejados pela capacidade de atingir um estado de Paz, aí somos donos de nós e quase nos sentimos donos do mundo, ou pelo menos unos com ele. 
A Paz acalma-nos a mente e tornamo-nos mais inteligentes.
Em Paz vemos tudo de longe, pelo que os problemas não se nos afiguram tão grandes, porque quer de um lado, quer do outro, vemos outras coisas, algumas delas, possíveis soluções.
Pela descoberta feita, deixei de ambicionar voltar a alcançar a felicidade que já vivi um dia, a única forma de ser feliz de que era conhecedora.
Hoje a graça que peço à vida, é que consiga alcançar a Paz.
Sei que se ela reinar no meu peito, poderei desfrutar de tantas maravilhas que, apesar de não atingir a felicidade de antes, o meu coração será será inundado por uma alegria mágica que me dará a sensação de que a felicidade está comigo, embora com uma roupagem diferente.
Por isso, quando a tristeza ameaça bater-me à porta, eu não lhe recuso a entrada, mas recebo-a com serenidade e aceitação, fazendo com que a Paz a supere.
A partir desse momento, resguardo-me no silêncio e aos meus olhos e aos meus ouvidos chegam múltiplas bençãos que a vida tem ao meu dispôr, para me mostrar que está comigo, guardando-me e protegendo-me. Sentindo tudo isto, respiro fundo e  dou graças, abençoando as dádivas da vida!
 Fica-me a nítida sensação de que estarei sempre acompanhada.


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