quarta-feira, 27 de abril de 2016

Destino e Livre Arbítrio

Tanto tempo sem passar por aqui e vou escolher logo um tema tão polémico...
Mas pela data que hoje eu e o meu companheiro celebramos, é pertinente reflectir sobre o tema.
Em parte acredito no Destino. Acredito que há um caminho traçado, talvez previamente escolhido por nós mesmos...
Acredito contudo que tenhamos uma palavra a dizer sobre a forma como vamos segui-lo. Se mais depressa ou mais devagar... se com umas pessoas ou com outras... tomando uma ou outra decisão...
Acredito que tudo seja colocado no nosso caminho, mas nós temos a liberdade de aceitar ou rejeitar.
Penso no meu percurso de vida e na forma como o amor chegou até mim, ou eu cheguei até ao amor...
Os dois homens que me fizeram sentir o amor, na forma mais comum como o conhecemos, chegaram até mim de modo muito semelhante.
Diria mesmo que quase igual, variando apenas o veículo que os trouxe, motivado pela mudança dos tempo e das tecnologias...
Ambos eram perfeitos desconhecidos e ambos chegaram até mim por uma série de "acasos"... Os tais acasos a que chamo Destino.
Quando chegaram estava a viver um período algo semelhante.
Na adolescência lutava contra a não aceitação, incompreensão e uma completa  falta de auto-estima.
Desta vez, era mais uma necessidade de voltar a ter quem me perguntasse como tinha sido o meu dia... como tinha passado a noite... o que estava a sentir.... o que me apetecia dizer...
Estava com a aprendizagem de viver sozinha em amplo progresso e a solidão já era uma companhia aceitável, mas não receber respostas das mil e uma escritas com que libertava a alma, já me pesava...
Quando a Vida me acenou com a possibilidade de, o que exprimia com as teclas, ter resposta, fiquei tentada a aceitar tal presente...
No momento da decisão, tive sensações semelhantes, às de, há muito tempo atrás, quando coloquei na caixa do correio o primeiro aerograma que escrevi ao meu companheiro de longa jornada.
Também tal como da outra vez, a voz interior, aquela a quem chamo Sábio Interior, incitava-me a seguir adiante...
Também da primeira vez foi a Intuição que me guiou. Com ela senti que havia honestidade e sensibilidade nas palavras que lia naquela simples folha de papel sem rosto... esse rosto que chegou bem mais tarde, a preto e branco...
Desta vez olhando o rosto em muitas fotos a cores e analisando muitas publicações, descobri que havia naquele homem aquilo que para mim era importante, aquilo que sempre valorizei ao longo do meu percurso: honestidade, pureza de sentimentos e verdade.
Assim, deixei-me guiar pelo meu Sábio Interior e hoje apenas posso estar Grata e Feliz por ter dominado o Medo de aceitar este desafio da Vida e  ter tido a Coragem de enfrentar opiniões alheias...





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