Dou por mim muitas vezes a pensar
quem sou eu afinal e que missão me trouxe aqui a este mundo.
Recordo a criança feliz e activa
que fui e a adolescente complexada, que se encheu de medos, de insegurança, que
se sentiu rejeitada e que por isso se deixou contaminar pela necessidade de
agradar aos outros, como forma de ser aceite.
Depois, tive a sorte de encontrar
quem me apreciasse como eu era, quem descobrisse em mim qualidades que eu não sabia
que tinha, que me fizesse sentir feliz.
Não foi uma relação sem mácula,
como nada é perfeito nesta vida, mas dentro de imperfeição normal, foi
perfeita. Foi uma relação de entrega, de companheirismo, de partilha, de respeito, de muita
amizade, de muito carinho e de muito amor.
Mas como tudo deste lado da vida
é efémero, o tempo para estarmos juntos esgotou-se e ficámos separados. Ele
partiu mais cedo e eu fiquei vazia, rasgada por dentro e sem vontade de
continuar. Durante ANOS, o meu sonho maior era com a minha partida para o lado
de lá.
Manteve-me de pé o gosto pelo
trabalho que fazia, o começar a dar de mim a quem tinha ainda menos que eu e o
não querer ser cobarde e abandonar os meus filhos, quando eles ainda dependiam
de mim.
Mas o sofrimento purifica-nos,
abre-nos para aquilo que é realmente importante, faz-nos apenas SER, viver de
acordo com a nossa essência.
Hoje penso que sempre fui assim
como sou hoje, só que deixava-me sufocar pela necessidade de agradar aos
outros, de eles apoiarem as minhas atitudes e isso condicionava as minhas
decisões.
Mas sempre fui assim!
Aos 16 anos, fazendo valer a minha vontade, fiz a minha grande escolha...
Sempre desvalorizei a parte material, bastando-me o essencial para uma vida digna.
Sempre coloquei à frente o lado de dentro das pessoas em vez do aspecto exterior ou da sua posição social e financeira.
Aos 16 anos, fazendo valer a minha vontade, fiz a minha grande escolha...
Sempre desvalorizei a parte material, bastando-me o essencial para uma vida digna.
Sempre coloquei à frente o lado de dentro das pessoas em vez do aspecto exterior ou da sua posição social e financeira.
Nunca me deixei contagiar pela
intolerância com que se critica e julga decisões alheias.
Hoje sou como sempre fui, mas
sinto que subi mais um degrau na escada da evolução.
Deixei de ter medo das minhas escolhas, decisões e atitudes não serem do agrado de outros. Decido como preencher cada minuto do tempo que me é oferecido a cada dia, de forma consciente e de acordo com a minha vontade e com a simplicidade que sempre me caracterizou.
Deixei de ter medo das minhas escolhas, decisões e atitudes não serem do agrado de outros. Decido como preencher cada minuto do tempo que me é oferecido a cada dia, de forma consciente e de acordo com a minha vontade e com a simplicidade que sempre me caracterizou.
Hoje sinto-me feita de Paz, de Alegria e
de Amor e sinto uma vontade imensa de fazer os outros felizes, ou pelo menos
aliviar as suas dores.
Hoje amo tudo aquilo que me
rodeia, encantando-me com a beleza que se pode descobrir em todo o lado.
Hoje, se tenho algum propósito, é
o de me sentir feliz durante o máximo de momentos possíveis e julgo que este
deverá ser o propósito de todos os seres humanos.
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