Sempre ouvi dizer que o tempo tudo cura!
Houve alturas em que duvidei da veracidade desta afirmação!
Houve alturas em que duvidei da veracidade desta afirmação!
Hoje sei que ela representa pelo menos uma meia verdade.
Realmente o tempo curou as dores maiores, tornando-as mais leves, trouxe-me a aceitação daquilo que eu não podia mudar e a pouco e pouco, substituiu a dor pela tristeza e mais tarde pela saudade.
Essa saudade de início vinha misturada com dor, revolta e tristeza, mas depois passou a ficar mais leve, mais suave.
Hoje é uma saudade embrulhada em doces recordações. Uma saudade que se mantém guardada num cantinho do coração, junto com tudo aquilo que se recorda de uma convivência de trinta e um anos. Uma saudade que tem que ficar, de uma vida de partilha, de plena união, de companheirismo, de compreensão, de respeito, de verdade e lealdade.
Nunca se pode esquecer tanta coisa junta!
Hoje recordo tudo sem dor, sem revolta e com aceitação.
Essas recordações vão e vêm a cada dia e ficam mais nítidas em datas mais marcantes...
Hoje acredito que, aquele que começou por ser o meu maior amigo e que depois foi tudo aquilo que dois seres humanos podem ser um do outro, está em Paz e acima de tudo estou certa que essa Paz, não se iniciou no momento em que terminou o seu sofrimento físico. Acredito que a sua caminhada em serenidade pelo outro lado da vida, só se iniciou quando eu alcancei a minha Paz de Espírito!
Sei-o, pelo tanto que me queria, pelo bem que sempre me desejou e NINGUÉM nunca me irá convencer do contrário! A nossa Paz, Alegria e Felicidade funcionaram sempre em espelho!Para existir num, tinha que haver no outro...
Só a minha Paz e a continuação da minha caminhada, terão permitido que também ele seguisse o seu rumo, a sua evolução.
Está a fazer nove anos que partiu e apesar de ter voltado a abrir as janelas à vida, a sua imagem, as recordações dos tempos fáceis e difíceis que partilhámos, estarão sempre a salvo dentro de mim!
Hoje chamo-lhe meu Anjo, meu Amigo do Céu... e sei que os meus sorrisos cá em baixo, terão sempre eco lá em cima.
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