Ontem, como em tantas outras noites, estive sentada à lareira!
Sózinha? Não, comigo mesma!
Noutros dias, de repente vejo-me acompanhada de imagens de situações de vida do passado e outras que fantasio para o fututo.
Os pensamentos não param de chegar, quase se atropelam e eu, estou ali e não estou! Estou longe, bem longe! As emoções "boas" e "más" inundam-me o coração, sempre que eu deixo que a mente comande o momento e encontro-me com tudo, menos comigo mesma.
Mas ontem foi diferente! Escolhi uma melodia bem suave, segurei nas mãos, bem juntinho ao rosto, uma caneca de chá fumegante e sentei-me frente à lareira.
Para me manter mais presente, fechei os olhos e fiquei ali, apenas a sentir!
Sentia o calor do chá nas minhas mãos, o seu aroma a entrar-me pelas narinas e o vapor a aquecer-me o rosto. Sentia o calor do fogo e o som do seu crepitar misturava-se com a música que soava de mansinho!
A minha respiração era simultâneamente leve e profunda!
A mente bem quis intervir, mas eu sorria e mostrava que estava alerta. Desta vez não queria que ela me transportasse dali, nem para o passado, nem para o futuro.
Queria apenas estar ali e continuar a sentir, a sentir... E não tardou muito que me visse envolvida num misto de paz, serenidade e de uma sensação de plenitude que desperta em mim aquela estranha e nova forma de alegria , que me inunda o peito, sempre que me concentro no Agora.
Mais segura do meu estado de presença, abri os olhos e ali fiquei contemplando a dança das chamas, de mente desligada.
Então dei ordem ao pensamento consciente de se manifestar e ele perguntou-me: De que precisas Agora?
E eu respondi-lhe: Agora? De mais nada! :)
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