Há recordações que nunca serão esquecidas! Umas, tento esquecê-las, porque representam momentos de dor, de sofrimento, de tristeza...
Sei que tudo já aconteceu e que não adianta sofrer por aquilo que não está a acontecer no momento.
Depois ficam as recordações daquilo que foi bom, dos bons momentos, dos dias em que algo de especial aconteceu e essas, é impossível esquecê-las, porque ninguém quer esquecer aquilo que foi especial, que teve grande significado no seu percurso de vida.
É neste grupo de lembranças que se inclui a celebração do dia de hoje...
Sei que enquanto houver um sopro de entendimento em mim, jamais esquecerei que no dia 9 de Setembro de 1978 eu iniciei o caminho que julguei ser para toda a vida.
Com 20 anos não pensava que nada é para sempre... Não pensava que tudo é efémero... Que o tempo de vida não se esgota ao mesmo tempo para duas pessoas, por muito que se amem e queiram ficam juntas para o tal sempre de que muito se fala na linguagem do amor...
Dia 9 de Setembro de 1978, dia que representava tudo e que talvez por isso eu tenha feito tantas concessões...
Aceitei o vestido de noiva, a cerimónia, a festa e até alguns convidados que nem conhecia...
Nunca gostei de cerimónias... mas nesse dia a paciência foi minha companheira, porque aquilo que me esperava merecia o "sacrifício"...
Esperava-me a liberdade, a independência e a possibilidade de viver incondicionalmente o amor...
Passaram-se 36 anos e há 9 que esta data é comemorada em dimensões diferentes.
Sempre fiz tudo para que este dia fosse um dia sem lágrimas e quase sempre o consegui, porque será sempre um dia de celebração do amor, da alegria e da felicidade.
Ela representa quase quatro décadas do meu tempo de vida, quase três de vida em comum e é acima de tudo um
exemplo de companheirismo, de amor, onde não faltou respeito e
compreensão.
Ela é a prova de que uma relação pode durar para todo o sempre que a Vida permitir, mantendo viva a chama do amor e impedindo que a rotina se instale.